Atividades diversas 11/22/2014
Abertura ao público do Centro Interpretativo do Castelo de Belver
No desenvolvimento do projeto de requalificação do Castelo de Belver, promovido pela Direção Regional de Cultura do Alentejo numa parceria com a Câmara Municipal de Gavião, abrirá ao público, no próximo dia 22 de novembro, pelas 10h30, o Centro de Interpretação do Castelo de Belver.
Proceder-se-á nesta ocasião á assinatura do protocolo estabelecido entre a Direcção Regional de Cultura e e a Câmara Municipal de Gavião para a gestão partilhada deste Monumento Nacional
Trata-se de uma ação inserida no âmbito do QREN, financiada pelo Programa INALENTEJO.
Na sessão de abertura ao público será assinado o protocolo de colaboração estabelecido entre a DRCAlentejo e o Município de Gavião, com vista à gestão partilhada do monumento.
O espaço que agora se devolve ao usufruto do público compreende uma exposição permanente e uma área de receção ao visitante, pretendendo dar a conhecer o castelo enquanto edifício militar, numa perspectiva histórica, mas também enquanto monumento nacional, na sua vertente patrimonial e arquitetónica. Paralelamente, o Centro de Interpretação do Castelo de Belver assume um papel importante na identificação dos recursos e oferta cultural do concelho e da distribuição de público a partir deste elemento central do património edificado.
A exposição conta com uma componente multimédia e interativa que estimula a curiosidade e dá ao visitante a possibilidade de explorar sempre mais informação a cada nova visita. Para o público escolar esta valência será, sem dúvida, uma mais-valia pedagógica a acrescentar à informação obtida a partir da visita ao conjunto arquitetónico do Castelo de Belver.
CASTELO DE BELVER - UMA JANELA PARA O RIO
Com o epíteto de Sentinela do Tejo, o Castelo de Belver, envolvido numa profusão harmoniosa de cores, ergue-se num rude penhasco sobre o Tejo. Foi o primeiro castelo construído pelos Hospitalários em território português, por decisão régia de D. Sancho I, constante do documento de doação que, em 1194, atribui à Ordem do Hospital um vasto território na margem norte do Tejo.
A sua localização estratégica prevenia novas incursões para Norte, quando o Tejo era espaço de fronteira entre Cristãos e Muçulmanos. Na sua construção foram usadas das mais inovadoras soluções da arquitetura militar da época, o que não é de estranhar face à experiência dos Hospitalários na arte da construção de castelos e fortificações, do Ocidente Europeu à Terra Santa.
A segurança desta fortaleza e a capacidade de organização dos Hospitalários leva D. Sancho I a destinar Belver como um dos locais para depósito do tesouro real português no seu testamento de 1212.
Entre a história e a lenda, o Castelo de Belver é dado como local por onde terão passado a Princesa Santa Joana (irmã de D. João II) ou o poeta Luís de Camões no seu exílio de 1546.
