ATLANTIS, ANDRÉ SIER (BILINGUE)
Curadoria: Adelaide Ginga
Nesta primeira exposição individual do artista André Sier no MNAC é apresentada a instalação interactiva “Atlantis (Sólon Interface)” e pinturas “Atlantis Maps (Carbon dated circa -9600)”, trabalhos inéditos desenvolvidos na âmbito de linguagens da arte digital que se integram na série piantadelmondo.info, um conjunto de trabalhos que o artista tem vindo a desenvolver desde 2007 e que exploram a criação virtual de cidades imaginárias.
André Sier não procura, em “Atlantis”, criar um simples videojogo, mas sim uma peça audiovisual interactiva, composta por três elementos de diferente natureza: uma projecção construída com base num sistema estrutural de videojogo, mas com software desenvolvido pelo artista, e assumida como proto-jogo, sem manual de instruções; um tetraedro suspenso na sala, acoplado com um sistema electrónico manufacturado e que serve de interface, permitindo a inserção das ações do visitante; sete pinturas em caixas de acrílico, protótipos de mapas de estudo dos gráfico digitais, impressos em tela e com elementos electrónicos não funcionais, qual registo arqueológico de tecnologia, ligados por solda, numa evocação do metal associado à Atlântida, o mítico oricalco.
Os navegadores virtuais, no século XXI, encontram mapas que os transportam a um dispositivo desconhecido. Aparentemente o dispositivo permite acompanhar de perto e na primeira pessoa uma experiência do ambiente dos relatos de Platão. Mitos de uma civilização desconhecida, avançada e já desaparecida, organizada em cidades-estado tri-concêntricas, detentora de tecnologias e costumes inauditos. O dispositivo aparenta ter alguns erros, suspende o tempo pelo espaço e há relatos de confluências e momentos diacrónicos a ocuparem a mesma região espacial. Numa única noite de infortúnio, o mar destruiu cataclismicamente a cidade, cujos resquícios são milenarmente absorvidos pela terra e arqueologicamente construídos pelo artista. Até hoje, não se sabe ao certo se o dispositivo presente nesta exposição aponta para este lugar cartografado, mas estamos parados no tempo de um desses momentos, a jogar histórias e fragmentos de objectos que comunicam de forma arcaica e enigmática entre si na senda da cidade mítica.
Uma viagem escolástica de aventura labiríntica em busca da cidade perdida de Atlântida.
André Sier não procura, em “Atlantis”, criar um simples videojogo, mas sim uma peça audiovisual interactiva, composta por três elementos de diferente natureza: uma projecção construída com base num sistema estrutural de videojogo, mas com software desenvolvido pelo artista, e assumida como proto-jogo, sem manual de instruções; um tetraedro suspenso na sala, acoplado com um sistema electrónico manufacturado e que serve de interface, permitindo a inserção das ações do visitante; sete pinturas em caixas de acrílico, protótipos de mapas de estudo dos gráfico digitais, impressos em tela e com elementos electrónicos não funcionais, qual registo arqueológico de tecnologia, ligados por solda, numa evocação do metal associado à Atlântida, o mítico oricalco.
Os navegadores virtuais, no século XXI, encontram mapas que os transportam a um dispositivo desconhecido. Aparentemente o dispositivo permite acompanhar de perto e na primeira pessoa uma experiência do ambiente dos relatos de Platão. Mitos de uma civilização desconhecida, avançada e já desaparecida, organizada em cidades-estado tri-concêntricas, detentora de tecnologias e costumes inauditos. O dispositivo aparenta ter alguns erros, suspende o tempo pelo espaço e há relatos de confluências e momentos diacrónicos a ocuparem a mesma região espacial. Numa única noite de infortúnio, o mar destruiu cataclismicamente a cidade, cujos resquícios são milenarmente absorvidos pela terra e arqueologicamente construídos pelo artista. Até hoje, não se sabe ao certo se o dispositivo presente nesta exposição aponta para este lugar cartografado, mas estamos parados no tempo de um desses momentos, a jogar histórias e fragmentos de objectos que comunicam de forma arcaica e enigmática entre si na senda da cidade mítica.
Uma viagem escolástica de aventura labiríntica em busca da cidade perdida de Atlântida.
Reference: IPPBLIV16343701
Author: Adelaide Ginga
Local: Lisboa
Edition: Direção-Geral do Património Cultural
ISBN: 978-972-776-484-8
Date: Nov. 2, 2016
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