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Património Cultural

Visitas Guiadas 18 de janeiro, às 18h00

Tesouros Partilhados - O brilho da seda em tapetes persas do séc. XVI | Visita orientada

No dia 18 de janeiro, às 18h00, o Museu Nacional Machado de Castro convida a conhecer dois raros tapetes, que integram um exclusivo grupo de 16 exemplares existentes em museus e coleções de todo o Mundo, saídos de oficinas da cidade de Kashan, através de uma visita orientada à exposição Tesouros Partilhados - O brilho da seda em tapetes persas do séc. XVI, por Pedro Ferrão.

A mobilidade das coleções é uma prática atualmente consagrada que ajuda a aproximar cultura e cidadãos, e a avaliar a dimensão do património museológico.

Tesouro Partilhados inscreve-se nesse conceito, unindo museus nacionais, com interesses comuns, num projeto de divulgação de objetos de qualidade excecional.

A apresentação destes dois tapetes de seda ilustra da melhor forma esse objetivo, nesta partilha entre o Museu da Fundação Calouste Gulbenkian e o Museu Nacional de Machado de Castro.

Estes dois excecionais e raros tapetes persas do séc. XVI integram um exclusivo grupo de 16 exemplares existentes em Museus e coleções de todo o Mundo, saídos de oficinas da cidade de Kashan. De pequeno formato, ainda que com ligeiras variações, todos foram fabricados exclusivamente em seda, usam o nó assimétrico e apresentam um colorido vivo e resplandecente – com o recurso a dispendiosos corantes de origem animal e vegetal –, ao mesmo tempo que o seu delicado traçado denota a influência dos ateliers de iluminadores da corte persa.

O tapete do Museu Gulbenkian é uma obra de arte extraordinária e singular, empregando no campo do tapete um modelo de medalhão central, ilustrado com motivos florais e cenas zoomórficas de combates entre diversos animais. Especialmente bem delineados são esses grupos de diferentes felinos caçando as suas presas, bem assim como as sinuosas linhas da colorida plumagem de faisões dourados nas barras.

Já no tapete do Museu Machado de Castro dominam os motivos de carácter floral. Nesse jardim eterno, o quadrilobado medalhão central é enquadrado por uma moldura ondulada, de onde se destacam grandes e estilizadas palmetas. A cada um dos cantos do campo surgem medalhões fragmentados preenchidos por nuvens. Palmetas e pequenas flores, juntamente com inúmeras nuvens chinesas (tchi), povoam o espaço da barra de maiores dimensões.

Muito apreciadas por todas as cortes europeias, estas dispendiosas obras de arte eram importadas pelos portugueses com o objetivo de embelezar palácios, igrejas e outras habitações de ricos mercadores. Com toda a probabilidade, os tapetes datam do reinado do xá Tahmsap I [r.1524-1576] e, se não forem tidos em consideração alguns pormenores, ambos apresentam semelhanças com exemplares descritos no inventário do Vº Duque de Bragança, D. Teodósio [1520-1563].


Tapete pequeno ‘Kashan’ de seda com medalhão central

Irão | 2ª metade do séc. XVI

Pêlo de seda; teia e trama de seda

277,5x175,5 cm

Coimbra, Museu Nacional de Machado de Castro

MNMC6295; T744

 


Tapete pequeno ‘Kashan’ de seda com medalhão central

Irão | 2ª metade do séc. XVI

Pêlo de seda; teia e trama de seda

230x180 cm

Lisboa, Museu Calouste Gulbenkian | Fundação Calouste Gulbenkian

T100


A exposição está patente no MNMC, até 26 de fevereiro de 2017.

Organização:
MNMC/DGPC
Local:
Museu Nacional Machado de Castro, Coimbra

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